Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai monitorar os casos de reações adversas graves em mulheres que tomam anticoncepcional com o hormônio drospirenona. A Anvisa baixou um informe pedindo que os médicos notifiquem à agência reguladora casos desse tipo, mesmo que as reações estejam previstas na bula do medicamento.
A Anvisa decidiu fazer o alerta depois que dois estudos internacionais indicaram que o uso do hormônio aumenta o risco de trombose venosa, tromboembolia pulmonar e formação de coágulos sanguíneos. As pesquisas foram divulgadas na semana passada pela publicação médica britânica British Medical Journal e a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, Food and Drugs Administration (FDA).
Dois artigos publicados no British Medical Journal, por exemplo, relataram que mulheres que usam contraceptivo oral com drospirenona têm duas a três vezes mais chances de ter trombose venosa em comparação a mulheres que usam anticoncepcionais com outro hormônio, levonorgestrel.
Os médicos devem registrar as reações adversas no sistema Notivisa, disponível no site da Anvisa. A agência reguladora diz, no momento, ser favorável ao uso de anticoncepcional com o hormônio, desde que com orientação médica e seguindo as recomendações contidas na bula. A Anvisa ainda não conclui parecer definitivo sobre os medicamentos e vai continuar monitorando.
Edição: João Carlos Rodrigues