Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Plano Estratégico de Fronteiras apreendeu, em quatro meses, 62 toneladas de drogas. A informação foi divulgada hoje (10) pela presidenta Dilma Rousseff. No programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que o plano tem como objetivo prevenir e reprimir o crime, o tráfico de drogas e de armas nas fronteiras.
“Temos tido um resultado muito positivo no combate a esse contrabando”, disse, ao destacar a Operação Sentinela, do Ministério da Justiça, e a Operação Ágata, comandada pelas Forças Armadas. Segundo Dilma, o total apreendido corresponde a oito carretas carregadas. “Isso tudo significa que nós conseguimos evitar que uma quantidade grande de maconha, cocaína e outras drogas chegasse às cidades brasileiras”, completou.
Apenas na Amazônia, três pistas de pouso clandestinas, usadas por traficantes, foram destruídas por homens das Forças Armadas. Também foi desativado um garimpo ilegal na região, localizado em área indígena. Já na fronteira com o Paraguai, a Argentina e o Uruguai, foram apreendidos 650 quilos de explosivos, além de armas, munições e drogas.
A Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça, apreendeu 65 mil munições e 300 armas. Foram feitas ainda 3 mil prisões em flagrante, de acordo com a presidenta. “O interessante é que uma operação complementa a outra. Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação”, concluiu.
Sobre a visita à Europa na semana passada, Dilma avaliou a viagem como produtiva. Ela destacou acordos de cooperação em inovação e tecnologia, além da ampliação de investimentos e das discussões sobre a crise econômica mundial.
“Disse aos nossos parceiros da União Europeia que a saída para vencer a crise não deve passar por mais e mais medidas recessivas, que vão exigir grandes cortes nos investimentos, provocar profunda queda no emprego, no crescimento das economias e, portanto, gerar recessão”, ressaltou. “Os países emergentes, que estão em muito melhor situação, querem debater as decisões dos países mais ricos, uma vez que elas podem afetar suas economias”, completou.
Edição: Talita Cavalcante