Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Banco Central (BC) não vai permitir que segmentos do mercado de câmbio funcionem de maneira inadequada. De acordo com o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, se a autoridade monetária perceber falta de liquidez (recursos disponíveis) no mercado, irá atuar a exemplo do fez no mercado futuro de câmbio, na semana passada. “O Banco Central tem dito que, em relação ao mercado de câmbio, irá atuar sempre que identificar uma disfuncionalidade, ou seja, para prover condições adequadas de funcionamento desse mercado”.
No dia 22, com a alta do dólar, o BC retomou as operações de swap cambial, que equivalem à venda da moeda norte-americana no mercado futuro. A última vez que o BC lançou mão desse tipo de operação foi em 26 de junho de 2009.
Alexandre Tombini participou hoje (27) de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, hoje (27). Na audiência, reforçou que a política de câmbio flutuante no Brasil tem trazido benefícios para a economia e não vai ser mudada. “Não temos banda de câmbio. Seria uma loucura mexer com o nosso regime, que funciona bem. Houve aumento do dólar contra todas as moedas. Não foi diferente em relação ao real”.
Com relação à cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre derivativos, Tombini disse que não há divergências entre o BC e o Ministério da Fazenda. Este ano, quando a dólar estava em baixa, a medida foi adotada para evitar a ação de especuladores que apostavam na manutenção do cenário. “Creio que a medida sobre derivativos foi muito importante para que o Brasil chegasse nesse momento de maior volatilidade dos mercado internacionais com menos apostas contra o dólar no nosso mercado, o que tornariam as coisas mais difíceis nesse momento”.
Edição: Vinicius Doria