Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A escolha da cidade que sediará a abertura da Copa do Mundo de 2014 deve levar em conta critérios técnicos, como infraestrutura e rede hoteleira, disse hoje (16) o ministro do Esporte, Orlando Silva. São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Salvador estão na disputa para sediar o jogo de abertura do torneio. Segundo ele, a palavra final sobre o assunto será da Federação Internacional do Futebol (Fifa), e não do governo brasileiro.
“A Fifa, que vai decidir, deve tomar uma decisão baseada em critérios técnicos. Olhar o tamanho e a qualidade da rede hoteleira, os serviços e a infraestrutura”, assinalou o ministro. “Imagino que teremos [durante a Copa] pelo menos 20 mil profissionais de imprensa do mundo inteiro. Portanto, a infraestrutura de serviços e a rede hoteleira são temas importantes e, é claro, o estádio [da cidade a ser escolhida para sediar a abertura do torneio]. Ela tem que ter um estádio com capacidade de receber o jogo de abertura.”
Na avaliação do ministro, a escolha de cidade para abertura do torneio não é uma decisão simples politicamente, porque são quatro cidades brasileira. `São prefeitos, governadores, empresários e sociedade trabalhando. Portanto, creio ser importante ter critérios técnicos na avaliação de qual será a melhor cidade para a abertura e para outros eventos.”
Ele destacou ainda outros temas, como aeroportos secundários para voos regulares e fretados, que podem pesar na escolha da Fifa. Além dos estádios e das obras de infraestrutura nas cidades-sede, o ministro adiantou que o governo investirá no legado social. Por isso, segundo ele, serão criadas escolinhas de futebol, até o final do ano, com recursos da União nas 12 cidades que terão jogos do mundial.
"O nosso objetivo é atender 120 mil crianças, meninas e meninos. Cinquenta por cento das vagas serão destinadas para meninos e 50% para meninas de comunidades carentes.”
Perguntado por internautas sobre as medidas na área de segurança pública para a Copa, Orlando Silva disse que o Brasil pretende adotar um esquema semelhando ao usado na Europa, principalmente na Inglaterra, para conter a violência nos estádios. “O jogo de Copa do Mundo é diferente. Assinamos um acordo com as torcidas organizadas para que possamos criar um ambiente mais seguro e confortável nos estádios. Vamos controlar o acesso e monitorar a frequência. Quem vai ao estádio para brigar tem que ser proibido de frequentá-lo.”
Edição: João Carlos Rodrigues