Tenente acusado de envolvimento na morte de juíza nega sua participação no crime

13/09/2011 - 19h03

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O primeiro policial militar ouvido hoje (13) na Divisão de Homicídios (DH), tenente Daniel Benitez, negou envolvimento na morte da juíza Patrícial Acioli. Após três horas e quinze minutos de depoimento ao titular da DH, delegado Felipe Ettore, o policial militar declarou ser inocente, segundo o advogado que o acompanhou, Saulo Salles. “Ele negou a autoria e vamos comprovar isso na marcha do processo. Não tem nenhuma prova. É inocente de todas as acusações”, disse o advogado.

Salles declarou que Benitez estava perto do Fórum de São Gonçalo no dia do crime e que ligou para a advogada que o defende em um outro processo sobre a morte de um rapaz, em um caso registrado como auto de resistência, ou morte em confronto.

“Ele entrou em contato com a advogada e ela informou que a juíza [Patrícia Acioli] iria decretar a prisão dele e dos outros indiciados em um possível auto de resistência que se transformou em um processo de homicídio. A advogada estava no fórum, então ele foi ao encontro dela para tentar entrar em contato.”

O advogado disse ainda que o tenente negou ter estado próximo ao condomínio onde a juíza morava, em Niterói. “Agora vamos esperar a autoridade policial se manifestar, e vamos combater com os recursos cabíveis.” O depoimento terminou por volta das 17h, quando começou a ser ouvido outro policial, um cabo, acusado de envolvimento no crime. Também está marcado para hoje o depoimento de outro militar.

 

Edição: Aécio Amado