Da Agência Lusa
Bissau – O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, disse hoje (10) que se Muammar Kadhafi decidir ir para o país, será muito bem-vindo.
“Kadhafi, durante o seu mandato, sempre apoiou a Guiné-Bissau, as obras, e o apoio que ele deu estão visíveis, não escondemos nada”, disse o primeiro-ministro, em entrevista no aeroporto de Bissau, após ter participado, na Cidade da Praia, da cerimônia de posse do novo presidente de Cabo Verde, José Carlos Fonseca.
Gomes Júnior acrescentou que a Guiné-Bissau é solidária ao povo líbio. “Mas o presidente Kadhafi merece todo o respeito”.
“Não estamos com o mandado internacional emitido pelo Tribunal Penal Internacional, não aderimos à Convenção de Roma, portanto somos livres, enquanto Estado, para acolher os nossos amigos”, frisou o primeiro-ministro.
Na última quinta-feira (8), o procurador do Tribunal Penal Internacional Luis Moreno-Ocampo pediu à Interpol (a Polícia Internacional) para emitir um “alerta vermelho” sobre Muammar Kadhafi, que é alvo de um mandado de prisão do tribunal.
Na Embaixada da Líbia na Guiné-Bissau, a bandeira do Conselho Nacional de Transição (CNT), coordenado pelos rebeldes, chegou a ser hasteada, mas o governo de Carlos Gomes Júnior mandou que fosse retirada.
Edição: Graça Adjuto