Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O PSDB entrou hoje (30) com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de inquérito civil e criminal contra a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman. De acordo com o documento, a ministra deve ser investigada por ter recebido indenização de R$ 41 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ao deixar o cargo de diretora da Usina Hidrelétrica de Itaipu, para concorrer ao Senado em 2006.
A representação é assinada pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Duarte Nogueira, e pelo vice-líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes. Eles pedem a investigação de crime de peculato e de improbidade administrativa. Os parlamentares alegam que houve prejuízo aos cofres públicos com a demissão, pois o pagamento de indenização seria desnecessário já que a exoneração a pedido seria obrigatória para que Gleisi pudesse concorrer ao Senado.
Os políticos também pedem abertura de inquérito contra o diretor-geral da hidrelétrica, Jorge Samek, e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles justificam a inclusão de Lula afirmando que a Presidência da República é responsável por nomear ou demitir diretores indicados. Também afirmam que Samek tinha a responsabilidade de impedir uma diretora de executar uma ação em benefício próprio.
“Indiscutível, portanto, que todos os representados tinham plena ciência que a ministra Gleisi Hoffmann não deveria ter sido demitida pelos representados no dia 29 de março de 2006, pois também tinham pleno conhecimento de que, no dia 1º de abril, no máximo, a ministra não mais poderia estar exercendo suas funções para poder se candidatar à senadora da República”, alegam no documento.
Edição: Lana Cristina