Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O primeiro dia da greve geral no Chile foi marcado por embates entre policiais e manifestantes nas principais ruas de Santiago, a capital do país. Por iniciativa dos estudantes e com apoio de várias categorias profissionais, a paralisação se estenderá até amanhã (25) em todo país. A relação de reivindicações inclui desde reformas na educação, em especial a defesa do ensino superior gratuito, até demandas específicas de cada setor.
É a primeira grande paralisação da gestão do presidente do Chile, Sebastián Piñera, que assumiu o governo em março de 2010. Porém, há três meses, Piñera é alvo de manifestações diárias no país lideradas por estudantes e professores. O governo apresentou três propostas de reformas na educação. Todas foram rejeitadas pelos estudantes e professores. Segundo eles, as medidas são insuficientes e não atendem às demandas.
Como os manifestantes montaram barricadas em algumas avenidas da capital, a polícia usou jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes.
O presidente Piñera disse que a greve geral não paralisou o país, apesar do apoio de várias categorias. Segundo ele, serviços básicos funcionam e o clima de normalidade prevalece. De acordo com Piñera, quando a sociedade chilena se divide, como ocorre atualmente, a tendência é “experimentar um enorme retrocesso”.
*Com informações da emissora estatal de televisão do Chile, TVN, e da Presidência da República do Chile
Edição: Vinicius Doria