Conselho de Direitos Humanos da ONU analisa denúncias de crimes contra a humanidade na Síria

18/08/2011 - 9h04

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) analisa segunda-feira (22) a possibilidade de condenar de forma veemente as violações aos direitos humanos na Síria. Em documento que será avaliado pelos representantes dos 47 países que integram o conselho, os episódios registrados no país são classificados de “crimes contra a humanidade”.

Pelo documento, o conselho exige que uma missão independente seja autorizada a investigar os ataques no país. Desde março, uma onda de protestos tomou conta das principais cidades da Síria. Nos embates entre manifestantes e forças do governo há registros de agressões, torturas e até assassinatos de civis.

Os manifestanes protestam contra a manutenção do presidente sírio, Bashar Al Assad, no poder, as violações aos direitos humanos e o fim das liberdades – de expressão, opinião e manifestação. Também reclamam do autoritarismo e da ausência de democracia no país.

Pela proposta, elaborada pela Polônia, há também preocupação sobre as denúncias de genocídio – assassinato em massa. O texto destaca a necessidade de "uma investigação urgente, transparente e independente” na região em busca de “levar à Justiça os responsáveis''.
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Segundo o documento, é fundamental buscar o diálogo entre os diversos setores da sociedade, na defesa da liberdade de expressão, do acesso à internet, das atividades da imprensa estrangeira e da ação de mídia independente.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, reitera que o Brasil é favorável à busca de um acordo, por meio de negociações internas e pacíficas. Segundo ele, a imposição de sanções não costuma gerar efeitos positivos.

Patriota também considera que é essencial o envio de uma missão independente para investigar as denúncias e autorizar o acesso de ações humanitárias e da imprensa estrangeira à Síria.

*Com informações da agência pública de notícias do México, Notimex.Edição: Graça Adjuto