Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Grandes eventos esportivos atraem público de todas as partes do mundo. O intercâmbio cultural decorrente desses eventos pode trazer diversos tipos de benefícios. A fim de maximizar esses benefícios e conhecer melhor a experiência de outros países para elaborar estratégias, principalmente para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, o Ministério da Cultura promove hoje (11) e amanhã (12) o Seminário Intercâmbio de Experiências Culturais em Megaeventos Esportivos.
O evento contou com a participação do ministro do Esporte, Orlando Silva. “Sempre digo que a Copa do Mundo é muito mais do que 32 equipes disputando 64 partidas de futebol. Tem muito mais dimensões no campo da economia, da sociedade, e da cultura. Nossa expectativa é liderar um processo em que o Brasil possa celebrar a sua diversidade cultural e mostrar ao mundo suas possibilidades”, disse Orlando Silva minutos antes de participar da mesa de abertura do seminário.
Para ele, o sucesso do evento estimulará outros públicos, além do esportivo, a visitar o Brasil, ampliando o alcance desse setor no país. “Isso significa a geração de emprego extensiva, já que o turismo é uma das indústrias que mais geram empregos”, ressaltou.
“O Brasil é um país bonito, alegre, organizado e capaz. Além disso, com um povo bonito e receptivo. Ainda que estejamos longe do ideal, estamos caminhando para isso. Esse seminário não será definitivo para decidirmos o que vai acontecer. Mas é parte de um processo de construção”, acrescentou a ministra da Cultura, Ana de Hollanda.
As experiências da África do Sul, na Copa de 2010, e da Espanha, durante as Olimpíadas de 1992, foram apresentadas durante o primeiro dia de seminário.
Entre as vantagens obtidas pela África do Sul, a diretora-geral adjunta do governo provincial de Western Cape, Laurine Platzky, destacou o desenvolvimento da infraestrutura, as oportunidades econômicas e o turismo, sempre com um viés ligado à cultura.
O vereador da Câmara Municipal e delegado de Cultura de Barcelona entre 2006 e 2011, Jordi Martí, lembrou a criação de uma lei de incentivo para eventos culturais que estimulou os empresários. “As Olimpíadas, claro, estavam enquadradas nessa lei por também envolver inúmeros aspectos ligados à cultura. O sucesso dessa lei acabou fazendo com que ela fosse mantida após o evento, e isso nos trouxe ganhos”, disse.
Os participantes do encontro integrarão grupos temáticos para discutir assuntos como cultura de paz, cidadania, mobilização e participação da população; economia criativa, infraestrutura cultural e sustentabilidade; patrimônio, museus e turismo cultural; e diversidade e expressões artísticas e culturais. A ideia é elaborar propostas que, se aprovadas, serão apresentadas ao final do seminário na tarde de amanhã (12).
Edição: Juliana Andrade