Governo e oposição chegam a acordo para adiar votações de hoje na Câmara

10/08/2011 - 20h30

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Aliados do governo e da oposição chegaram a um acordo para adiar as votações previstas para hoje (10), no plenário da Câmara. A oposição prometeu obstruir as votações e os aliados do governo acharam prudente não colocar qualquer matéria em votação. Mesmo com o adiamento das votações das medidas provisórias, o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que não haverá paralisação das atividades na Câmara.

“Não terá paralisação. Nós não estamos tendo nenhuma crise de oposição ao governo. Estamos tendo um período de pequeno desconforto, que tem que ser levado com paciência. Este é um momento de cautela e delicadeza”, disse.

Vaccarezza reconheceu que está havendo certas insatisfações na base aliada do governo, mas não soube precisar o porquê delas, e que vai conversar para saber os motivos.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), também falou sobre os problemas que envolvem os aliados do governo na Casa e que dificultam as votações. “Acho que há um clima de desconforto, de instabilidade na base do governo em função dos acontecimentos políticos que tivemos nas últimas semanas”, declarou.

Por outro lado, o líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que a oposição vai continuar obstruindo as votações no plenário da Câmara. “Comunicamos ao presidente da Câmara que só cogitamos sair da obstrução no momento em que ele aceitar colocar em votação matérias de interesse dos parlamentares. A pauta que ele [Marco Maia] apresentou hoje é uma pauta do Executivo e não do Legislativo”, ressaltou.

Marco Maia justificou, dizendo que o calendário com os projetos que devem ser votados até outubro é uma média das propostas de interesse dos partidos da base governista e da oposição. “Vamos retomar o debate na próxima semana. A proposta não traz todos os temas que a oposição e o governo gostariam. É uma proposta que será debatida por todos. Ela não tem todos os temas. A oposição não foi atendida na integralidade, assim como o governo também não foi com o calendário de votações que apresentei hoje”.

 

Edição: Aécio Amado