Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PMDB considerou exagerada a quantidade de prisões feitas pela Polícia Federal durante a Operação Voucher, deflagrada hoje (9). Segundo o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o partido entende a investigação como legítima e ainda não tem informações suficientes, mas estranhou a quantidade de pessoas presas. “Preliminarmente, nós não conhecemos a extensão da operação, parece-nos que há um exagero. Prender 38 pessoas por um convênio de 2009”, disse.
A bancada do partido se reuniu com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Após o encontro, Calheiros reafirmou o apoio do PMDB ao governo da presidenta Dilma Russeff e defendeu o ministro Pedro Novais. “O ministro não sabia, são fatos de 2009. O PMDB tem muita preocupação com a questão central, com a necessidade do seu apoio à presidenta Dilma”.
Segundo Calheiros, a bancada do PMDB quer evitar a partidarização das denúncias. “É equivocado partidarizar a operação. Nós nunca dificultamos a vinda de ninguém para o Senado, ou para a Câmara, para esclarecer fatos. O PMDB mais do que nunca está unido e entende que essas denúncias todas precisam ser esclarecidas, investigadas”, resaltou.
O líder também falou sobre a permanência do ministro da Agricultura, Wagner Rossi – outro indicado do partido – no cargo. Segundo Calheiros, Rossi está “firmíssimo” e tem o apoio dos colegas peemedebistas. “É um dos melhores ministros da Agricultura de todos os tempos”, disse.
O PMDB é o responsável pelas indicações dos nomes de Rossi e Novais para os ministérios da Agricultura e do Turismo. Diante das denúncias de corrupção nas duas pastas, o líder do partido garantiu que os titulares da pasta estarão à disposição do Congresso Nacional para prestar esclarecimentos.
Edição: Aécio Amado
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