Roberta Lopes*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário de Imprensa do governo norte-americano, Jay Carney, disse hoje (28) que é preciso haver “compromisso” entre os parlamentares do Congresso dos Estados Unidos para que seja votado o aumento no teto da dívida do país. Ele afirmou ainda que, caso o projeto de gastos do presidente da Casa, o republicano John Boehner, seja aprovado na Câmara, será vetado no Senado.
“O Senado rejeitará o projeto de lei de Boehner. Ficou claro que não apenas os Democratas estão contra, mas que há um número de Republicanos que não concordam com o projeto de lei de Boehner no Senado”, afirmou Carney. “Não há dúvida de que esta lei é um ato político que não tem vida para além da sua existência atual na Câmara”, acrescentou.
Ele disse que a proposta de Boehner é ruim para a economia e que a Casa Branca se opõe a qualquer “circo” que possa ter impacto negativo na economia. “Nossa objeção é contra qualquer proposta que nos coloque neste circo novamente em um curto período de tempo, porque isso já teve impactos negativos para economia. E isso só vai gerar cada vez mais prejuízos.”
O projeto de Boehner deve ser votado do ainda hoje na Câmara. A proposta prevê cortes em programas sociais defendidos pelos Democratas, aliados do presidente Barak Obama. Já o presidente defende cortes de gastos e fim de isenções de impostos para a parcela mais rica (2%) da população.
O teto da dívida do país já chegou a seu limite de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) e o Congresso terá que aumentar esse limite até o dia 2 de agosto, data em que, segundo o próprio Obama já disse, os Estados Unidos não teriam mais como cumprir com seus compromissos financeiros, arriscando uma moratória.
*Com informações do site da Casa Branca
Edição: Nádia Franco