Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Principal parceiro econômico dos países latino-americanos e caribenhos, com mais peso nas relações com o México e a América Central, os Estados Unidos devem encontrar, o mais rápido possível, uma solução negociada para o aumento do teto da dívida pública do país, que está em US$ 14,3 trilhões.
A advertência é da secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, em comunicado divulgado hoje (27) em Santiago, no Chile. Diz ela que América Latina e o Caribe são, em conjunto, o segundo maior credor dos Estados Unidos, com reservas internacionais superiores a US$ 700 bilhões, e “as incertezas sobre a negociação ameaçam as reservas da região”.
Segundo a dirigente da Cepal, a demora em se aprovar um novo teto para a dívida norte-americana pode provocar forte impacto no valor dos ativos internacionais, no câmbio e no nível de atividade global, com efeitos graves para os bens e serviços que a região produz e exporta.
A dirigente acredita que o presidente Barack Obama e o Congresso norte-americano “encontrarão o melhor caminho” para solucionar o impasse sobre o aumento do teto da dívida pública dos Estados Unidos. Definição que, no seu entender, será fundamental para a economia mundial continuar o difícil processo de recuperação da crise iniciada em 2007, com a bolha imobiliária nos Estados Unidos, e agravada em 2008 com a quebra de bancos americanos e europeus.
Edição: Rivadavia Severo//Matéria alterada às 17h22 do dia 28/7/2011 para correção de informação