Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Ao detalhar hoje (25) o Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras, o presidente da empresa, Sergio Gabrielli, disse, com base nas projeções do plano, que o consumo de gás no país vai superar a oferta até 2020, apesar da importação de gás da Bolívia.
De acordo com o presidente da Petrobras, além da demanda natural do mercado, principalmente pelas termelétricas, haverá também o aumento do consumo da companhia para a produção de fertilizantes, com a entrada em operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e para o aumento do refino no país.
Pelos número do Plano de Negócios, a procura por gás natural saltará dos atuais 96 milhões de metros cúbicos (m³) diários previsto para este ano, para 151 milhões (m³) em 2015, até chegar aos 200 milhões de metros cúbicos por dia em 2020. Só o consumo para a geração de energia, a partir das térmicas, deverá saltar dos atuais 38 milhões de metros cúbicos por dia para 59 milhões (m³) em 2015. Chegando a 76 milhões (m³)em 2020.
Atualmente a oferta de gás da companhia, de acordo com o presidente da Petrobras, chega a 106 milhões de metros cúbicos diários. Volume que saltará para 149 milhões de metros cúbicos diários em 2015 e 173 milhões (m³) em 2020, segundo projeções contidas no plano. Nas projeções, a estatal leva em consideração a produção nacional, o volume processado nas usinas de regaseificação e o gás importado da Bolívia.
A Petrobras também aumentará o seu consumo de gás nas áreas de refino e produção de fertilizantes, que saltará dos atuais 18 milhões de metros cúbicos por dia para 39 milhões (m³) em 2015, até chegar aos 61 milhões de metros cúbicos em 2020. Na avaliação de Gabrielli, no entanto, a companhia tem tempo para corrigir os rumos e atender ao mercado.
A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, admitiu que, entre as medidas para aumentar a oferta, a companhia estuda a construção de mais um terminal de gás natural liquefeito (GNL), na Bahia, que deverá entrar em operação em 2014. E que, em um prazo de dois anos, a companhia poderá decidir ou não pela construção de um quarto terminal.
Edição: Aécio Amado