Praia de Copacabana recebe hoje grupos de congados na abertura do África Diversa

17/07/2011 - 9h49

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O cortejo de dois congados na orla da Praia de Copacabana, zona sul do Rio, abre hoje (17), às 11h, o evento África Diversa: 1º Encontro de Cultura Afro-Brasileira. Representantes de duas gerações da Festa do Rosário da cidade mineira de Oliveira: a Guarda de Moçambique de Nossa Senhora das Mercês e o Congo de Nossa Senhora do Rosário vão apresentar ao público carioca uma mostra dessa manifestação cultural e religiosa, que mescla cultos católicos com africanos, por meio da música e dança.

No mesmo dia, os congados voltarão a se apresentar na Praça Quinze, no centro da cidade, às 16h. A programação do África Diversa é muito variada e abrange duas exposições, shows, mostra de cinema, lançamento de livros, seminário e palestras. Com exceção das apresentações, hoje, dos congados, as demais atividades serão realizadas a partir de amanhã (18) e até o dia 22 no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, da prefeitura carioca.

“A ideia é gerar o diálogo entre os diferentes trabalhos de artistas e grupos, entre tradição e contemporaneidade, entre o Brasil e a África”, disse a produtora cultural Danielle Ramalho, curadora do evento.

Segundo ela, “todos os artistas e grupos envolvidos com a realização do evento já têm um trabalho de continuidade com a temática afro-brasileira. Obviamente, dentro de um ano estipulado pela Unesco como o Ano Internacional dos Afrodescentes, esse trabalho fica mais fortalecido e obtém uma receptividade muito maior”.

Com curadoria do escultor, pintor e museólogo Emanuel Araújo, diretor do Museu Afro-Brasil, de São Paulo, as exposições Há várias Áfricas do lado de lá do Atlântico e “África Ancestral e Contemporânea. As Artes do Benin serão abertas, respectivamente, amanhã e na terça-feira (19), às 19h, no Calouste Gulbenkian. A primeira exibe esculturas de diferentes povos africanos, que retratam ritos religiosos e conta com uma sala dedicada os bijagós, povo da Guiné-Bissau que veio para o Maranhão, no começo do século 19, como mão de obra escrava.

Já a segunda mostra permitirá ao público carioca conhecer a cultura do Benin, por meio de obras criadas a partir do século 15 até os dias de hoje, abrangendo tapeçarias, pinturas, esculturas e fotografias.


Edição: Aécio Amado