Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As Comissões de Fiscalização e Controle e de Viação e Transporte estão reunidas para ouvir as explicações do diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, sobre as denúncias de um suposto esquema de corrupção e superfaturamento de obras no Ministério dos Transportes. O ex-ministro Alfredo Nascimento, apesar de convidado, não compareceu nem informou às comissões os motivos da ausência.
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), disse que o ex-ministro pretende fazer um pronunciamento sobre o caso, no dia 2 de agosto, no Senado. Nascimento reassumiu o mandato de senador depois de ter deixado o ministério por causa das denúncias.
“[Ele vai se explicar] depois, com calma, podendo organizar seus pensamentos. Ele disse que estava preparando um pronunciamento em que vai esclarecer ponto por ponto as acusações. Ele está pronto para esclarecer, inclusive já abriu seu sigilo”, disse.
Pagot começou seu depoimento falando sobre o trabalho do Dnit, detalhando as divisões em unidades estaduais que tratam de malha rodoviária, ferroviária e hidroviária. Entretanto, a expectativa dos deputados é perguntar ao diretor sobre as reportagens publicadas na revista Veja.
Ontem (12), no Senado, ele falou às comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle. Aos senadores, Pagot negou que o Dnit seja um “feudo” do Partido da República (PR), ao qual é filiado. E acrescentou que a maioria dos servidores é concursada e não tem qualquer filiação política.
Pagot também falou sobre os “ilícitos” em licitações, como sobrepreço. Disse que a prática tem sido combatida ano a ano pelo órgão. E apresentou aos senadores um demonstrativo das fiscalizações feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), entre 2007 e 2009.
Edição: Talita Cavalcante//Título atualizado às 10h52.