Da Agência Lusa
Brasília – O Exército da Síria disparou hoje (5) contra ativistas na cidade de Hama, na região central do país, que montaram barreiras improvisadas para enfrentar os militares. O diretor do Observatório dos Direitos Humanos da Síria, Rami Abdul Rahman, disse que pelo menos dez pessoas morreram nos embates e mais 35 ficaram feridas.
Os manifestantes intensificaram os protestos contra o presidente sírio, Bashar Al Assad, cuja família está no poder há cerca de quatro décadas. Ele é acusado de conduzir o governo de forma autoritária e violando os direitos humanos.
Segundo Abdul Rahman, os moradores de Hama queimaram pneus e ergueram barreiras com sacos de areia para enfrentar os militares. A desobediência civil ocorre abertamente em Hama”, disse ele, lembrando que ontem (4) as forças de segurança isolaram a cidade e bloquearam os acessos na tentativa de controlar a área.
Na semana passada, cerca de 300 mil pessoas protestaram em Hama para atacar o governo de Assad. Organizações de direitos humanos na Síria afirmam que mais de 1.300 pessoas foram mortas, até o momento, no país, em consequência da violenta repressão aos protestos contra o regime de Assad, que se iniciaram a 15 de março.
As mesmas organizações indicam que o número de detidos passa de 10 mil pessoas, incluindo mulheres e crianças.