Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – As duas maiores centrais sindicais do país promovem amanhã (6), separadamente, atos em busca da ampliação dos direitos de trabalhadores. Com divergências em algumas reivindicações, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical lideram mobilizações nacionais em defesa da redução da jornada de trabalho e do fim do fator previdenciário, além de outras mudanças na legislação e alterações nas políticas de qualificação profissional.
A CUT marcou para amanhã (6) o Dia de Mobilização Nacional. Estão programadas atividades em pelo menos 23 estados e no Distrito Federal. As atividades devem ser maiores em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Pará e Distrito Federal devem concentrar a maior parte das ações.
“A ideia não é chamar toda a atenção para um ato, uma passeata, mas envolver os trabalhadores em paralisações e assembleias.”, disse o presidente Nacional da CUT, Artur Henrique. Na pauta, além da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e do fim do fator previdenciário, está o pedido de alteração das políticas de qualificação profissional.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Marcha Mundial de Mulheres e Central dos Movimentos Populares vão participar das atividades junto com a CUT. Por isso, a mobilização também vai pedir a aprovação do Plano Nacional de Educação pelo Congresso Nacional e a reforma agrária.
A Força Sindical faz um ato amanhã em Brasília. Ela também vai pedir a reforma agrária e o aumento dos investimentos em educação. Segundo a entidade, a mobilização será feita em outras regiões do país até agosto.
Junto com a Força, participam dos atos quatro centrais sindicais: União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central.
O presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, assinalou que todos as centrais têm reivindicações parecidas. Segundo ele, “dificuldades na negociação” impediram que as entidades sindicais fizessem uma mobilização conjunta.
O presidente da CUT disse que há divergências entre as centrais. As pautas de reivindicações, acrescentou, “são parecidas, mas não são iguais”. De acordo com ele, as reivindicações diferem principalmente em relação às mudanças no sistema sindical do país. “Queremos o fim do imposto sindical. Queremos fortalecer os sindicatos realmente significativos.”
Para ele, a divisão entre as centrais não enfraquece as mobilizações nem prejudica os trabalhadores. “Não há dispersão na mobilização dos trabalhadores. Ao contrário.”
Edição: João Carlos Rodrigues