Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A expectativa do consumidor é a mais baixa desde junho de 2009, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado hoje (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice mostra que a confiança do brasileiro recuou 0,3% na comparação com o mês de maio. Em junho, o índice registrou 111,8 pontos e no mês anterior ficou em 112,1 pontos. Quanto mais distante de 100, mais bem avaliado é o item.
Segundo a CNI, o recuo do otimismo é reflexo do cenário econômico e da expectativa de alta da inflação e das taxas de juros e também da contenção do crédito.
A maior parte dos índices que medem o Inec registrou queda em junho. O indicador que teve o maior recuo este mês foi o que avalia a expectativa de desemprego: 40% dos entrevistados disseram acreditar que o desemprego vai aumentar nos próximos meses, enquanto 26% disseram que o desemprego deverá reduzir. Trinta e quatro por cento disseram que não deve mudar.
Outro indicador que também apresentou baixa significativa foi a situação financeira, 49% das pessoas disseram que sua situação deverá ficar igual nos próximos meses. Contudo, 35% dos entrevistados disseram que sua situação financeira deve melhorar nos próximos meses e 16% acreditam que vai piorar.
O indicador que mede a renda pessoal apresentou queda de 0,4% em relação ao mês de maio. Pouco mais da metade dos entrevistados disseram que sua renda vai ficar igual nos próximos meses, 38% acreditam que ela deve aumentar e 11% que ela deve piorar.
O indicador de expectativa de inflação também teve alta em relação ao mês passado: 69% dos entrevistados acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos meses. Pouco mais de um quarto dos entrevistados disse que o índice de inflação vai ficar igual ao de hoje e 6% acreditam que vai haver queda.
Quanto ao endividamento, 42% das pessoas disseram que devem continuar com o mesmo número de dívidas dos últimos três meses e 27% acreditam que devem ter um número maior de dívidas. Trinta e dois por cento acham que devem reduzir suas dívidas.
Mais da metade das pessoas acreditam que não haverá aumento de seus bens de alto valor, como carros, 56% disseram que devem continuar com os mesmos bens que têm hoje. Mais de um quarto dos entrevistados acredita em aumento dos seus bens e 17% acreditam em redução.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de junho pelo Ibope em parceria com a CNI e entrevistou 2.002 pessoas em várias cidades brasileiras.
Edição: Lílian Beraldo