Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Sob protestos estudantis há quase duas semanas, o governo do presidente do Chile, Sebastián Piñera, antecipou as férias em 206 das 300 escolas da região metropolitana de Santiago, a capital chilena. Os estudantes reivindicam mais recursos para a o ensino público superior e rejeitam os planos de privatização de parte da educação. Desde o dia 16, há protestos comandados por estudantes nas principais cidades do Chile. As informações são da rede estatal de televisão, a TVN.
O ministro da Educação do Chile, Joaquin Lavin, disse que as férias começam hoje (29) e acabam apenas em 13 julho. Pelo calendário anterior, as férias estavam marcadas para ter início no próximo dia 8.
Freddy Fuentes e Paloma Muñoz, que lideram entidades de defesa dos direitos dos estudantes, criticaram a decisão do governo. Segundo eles, as manifestações serão mantidas. Fuentes disse que a medida anunciada por Lavin mostra a “incapacidade” para resolver conflitos.
As reivindicações dos estudantes incluem pedidos para a devolução dos equipamentos públicos que estão sob poder do Ministério da Educação e a ampliação da quantidade de passes escolares oferecidos aos estudantes e mais recursos para o setor.
Em Santiago, os protestos dos estudantes geraram paralisações das aulas e adesão de professores e funcionários de escolas e universidades. Segundo dados não oficiais, algumas das manifestações reuniram cerca de 150 mil pessoas nas principais avenidas da capital chilena.
Edição: Lílian Beraldo