Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou hoje (17) que a empresa chinesa Foxcoon adiou de julho para setembro o início de suas atividades no Brasil. Segundo Mercadante, problemas com o recrutamento de engenheiros e com obras viárias em Jundiaí (SP) acabaram atrasando o cronograma de instalação de uma fábrica da empresa no país.
A chegada da Foxconn ao Brasil foi anunciada pela presidenta Dilma Rousseff durante sua viagem à China, em abril. A unidade da empresa deve produzir telas para celulares de terceira geração e para os chamados tablets (computadores em forma de prancheta).
Mercadante disse que a Foxconn teve dificuldades no processo de seleção de engenheiros que trabalharão na sua fábrica. A empresa já contratou 175 profissionais e os enviou para um treinamento na China. Porém, ainda precisa contratar mais 200. “Eles se atrasaram em selecionar”, afirmou ele. “Nós temos um problema de escassez de mão de obra em algumas áreas”.
Segundo Mercadante, uma alça de acesso à área da fábrica da empresa também não ficou pronta. Esta alça será importante para o escoamento da produção da Foxconn. Com o atraso nas obras, ficaria inviável o início da produção da empresa no país.
Mercadante ressaltou, entretanto, que a Foxconn é apenas uma das empresas que pretende produzir tablets no Brasil. Segundo ele, oito empresas já têm planos de produzir os equipamentos no país, já contando com o incentivo fiscal anunciado pelo governo federal em maio.
O ministro disse que os incentivos reduzem em 31% a carga tributária dos tablets vendidos no país. Para obter a isenção, os produtos devem ter, no mínimo, 20% de seus componentes produzidos no Brasil.
Edição: Rivadavia Severo