Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Em julho de 2006, a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo na chamada camada do pré-sal da Bacia de Santos. A partir do anúncio da estatal, a Baixada Santista começou a receber uma série de investimentos, que impulsionaram o mercado imobiliário da região.
Desde a descoberta do pré-sal, o preço dos imóveis em Santos e outras cidades da Baixada Santista quase dobrou, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Um estudo divulgado hoje (14) pela entidade aponta que o preço médio do metro quadrado de um imóvel residencial de um dormitório, por exemplo, passou de R$ 2.602 para R$ 5.182 de agosto de 2006 a abril de 2011.
A quantidade de imóveis vendidos também aumentou de forma expressiva. Em agosto de 2006, 162 imóveis de três quartos haviam sido negociados na Baixada Santista. Em abril deste ano, foram comercializados 540 imóveis desse tipo, quase 3,5 vezes mais.
Consultor do Secovi-SP e um dos autores do estudo apresentado hoje, Robert Zarif aponta o pré-sal como o principal motivo do aumento das vendas de imóveis na Baixada Santista. “O mercado está aquecido. Aonde a Petrobras chega há um ciclo de crescimento imobiliário. Ela está chegando a Santos.”
Segundo o consultor, todos os tipos de imóveis são vendidos com facilidade atualmente na Baixada Santista. Desde salas comerciais a apartamentos de alto padrão. Por isso, o aumento do número de unidades vendidas e do preço não o surpreende. “Há lugares em que o preço aumentou mais.”.
Zarif afirmou, contudo, que o crescimento do mercado imobiliário da Baixada Santista está longe de atingir seu pico. Nos próximos dez anos, pelo menos, os investimentos para extração do petróleo do pré-sal devem aumentar. Isso também deve alavancar a venda e os preços dos imóveis.
Edição: João Carlos Rodrigues