Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com objetivo de reprimir a exploração de trabalho infantil na Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), em Irajá, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio de sua delegacia regional, tem feito, a pedido da diretoria da Ceasa, constantes operações no local. Na noite de ontem (8) foi feita mais uma. Desta vez, apenas com o objetivo de educar os comerciantes sobre o problema. Dois adolescentes foram flagrados trabalhando para uma empresa.
Segundo o auditor responsável pela operação, Augusto Pinto, como a exploração do trabalho infantil não é considerada crime, os comerciantes que contratarem mão de obra infantil poderão ser punidos com a perda da licença. “Se ocorrer a identificação do trabalho infantil, o que a gente tem a fazer é solicitar o afastamento e comunicar ao Ministério Público a questão do trabalho infantil. No caso específico da Ceasa, existe uma normativa principal na qual diz que os empregadores que utilizarem esse tipo de mão de obra serão punidos com a cassação de suas licenças”, disse.
Para o presidente da central de abastecimento, Leonardo Brandão, a presença de auditores do MTE na Ceasa é importante a fim de conscientizar os comerciantes sobre a ilegalidade de usar a mão de obra infantil. Brandão disse que desde que assumiu a administração do local, há quatro meses, encontrou muita coisa errada.
“Nós chegamos aqui e encontramos uma série de irregularidades acontecendo dentro da nossa unidade. E,a princípio, é muito grave. Ainda mais considerando tratar-se de uma área pública, pertencente ao estado. Então, nós não podemos tolerar que ocorram crimes e irregularidades em quaisquer lugares”, afirmou.
Edição: Aécio Amado