Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os cerca de 20 mil trabalhadores que deverão participar das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), consumirão, por dia, 60 mil refeições. Para dar conta dessa e de outras demandas, será preciso estimular empreendedores da região de Altamira a se preparar para a procura por produtos e serviços que surgirá quando as obras estiverem a pleno vapor. Com esse objetivo, começa amanhã (9) uma rodada de negócios para estimular empreendedores a buscar crédito para compras de equipamentos, matéria-prima e estoque, além de capital de giro, entre outros.
Participam representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Banco da Amazônia, além do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) e de instituições de fomento. De acordo com o diretor de Administração do CCBM, Marcos Sordi, serão necessárias, por dia, aproximadamente 10 toneladas de carnes e embutidos, 3,5 toneladas de arroz, 1,3 tonelada de feijão, 4 toneladas de hortaliças e 120 quilos de café, além de 40 mil pãezinhos e uma grande quantidade de material de higiene e limpeza.
O consórcio será um dos principais atores da rodada de negócios, que ocorrerá no Centro Empresarial de Altamira. Ele pretende apresentar aos empreendedores locais a expectativa de demanda e as necessidades de bens e serviços que deverão surgir com as obras da usina. A ideia é que boa parte dessa demanda seja atendida por meio de parcerias regionais. A rodada de negócios envolve também instituições setoriais de Altamira, como Associação Comercial e Industrial, o Clube dos Diretores Lojistas e o Sindicato das Empresas de Comércio.
A Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Consórcio Norte Energia também estarão representados nos dois dias da rodada. Ao todo, deverão participar cerca de 200 empreendedores regionais.
Segundo o CCBM, os produtos poderão ser adquiridos de empresas, associações e cooperativas locais. “Nossa prioridade é privilegiar os proprietários rurais, comerciantes, prestadores de serviços e empresários de Altamira e municípios vizinhos. Assim, o consórcio construtor terá as suas demandas atendidas e, por outro lado, vai colaborar para o desenvolvimento da economia local e regional”, destaca Sordi.
Ele ressalta que os fornecedores deverão ser qualificados, legalmente estabelecidos e cumpridores de todos os requisitos trabalhistas, além de ter capacidade de produção e preços compatíveis com o mercado. “Certamente, a grande maioria vai precisar se adequar às exigências, e essa rodada de negócios vai ajudar”, completa o diretor do CCBM.
Edição: Juliana Andrade
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