Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Os ferroviários vão decidir se mantêm a greve que paralisou as seis linhas de trens metropolitanos de São Paulo, desde a meia-noite de ontem (1º), em assembleias marcadas para as 17h de hoje (2). Dos quatro sindicatos que representam os trabalhadores dos trens, três estão em greve. A paralisação, segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), afeta 2,4 milhões de passageiros.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, na audiência realizada entre a CPTM e os sindicatos hoje, ficou estabelecido que haverá multa de R$ 200 mil por dia caso 90% dos trens não estejam em operação nos horários de pico. Ainda segundo o TRT, caso a greve seja mantida, o movimento será julgado pelo tribunal ainda hoje, às 18h.
Aderiram à greve os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias de São Paulo, que operam as linhas 7-Rubi (Luz-Jundiaí) e 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra); do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú); e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, das linhas 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana).
Também em campanha salarial, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que representa cerca de 200 engenheiros que trabalham na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), informou que, apesar de estar em campanha, não aderiu à greve.
A CPTM ofereceu 3,27% de reajuste salarial e vale-refeição no valor de R$ 18. Os trabalhadores pedem um aumento real de 5%, além de vale-refeição de R$ 19 por dia e implantação de um novo plano de carreira. O TRT informou que uma nova proposta da CPTM pode ocorrer ainda hoje, antes da realização das assembleias nos sindicatos.
Edição: Lana Cristina