Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A equipe econômica acabou com uma brecha que permitia que estados e municípios contratassem empréstimos para financiar obras não ligadas à Copa do Mundo de 2014. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (31) resolução que restringe a concessão de crédito às obras listadas pelo Ministério dos Esportes como prioritárias para o evento.
Em janeiro do ano passado, o CMN havia autorizado cada cidade-sede da Copa a contratar até R$ 400 milhões para a construção e reforma de estádios e permitiu que as 12 sedes pegassem, em conjunto, até R$ 8 bilhões emprestados para obras de transporte urbano que facilitarão o acesso às arenas. O governo, no entanto, avaliou que não estava claro que o dinheiro só poderia ser usado para esse tipo de empreendimento.
Segundo o chefe da Assessoria Econômica do Tesouro Nacional, Mário Gouvêa, a medida tem apenas caráter preventivo. “Nenhum financiamento foi concedido fora das finalidades”, declarou. “Apenas deixamos especificado que as linhas de crédito só podem se destinar a obras prioritárias para a Copa”.
De acordo com Gouvêa, os projetos de mobilidade urbana estavam especificados no voto que autorizou a liberação dos R$ 8 bilhões. Em relação aos estádios, não havia nenhuma restrição estabelecida pelo CMN. Agora, as duas linhas de crédito estão vinculadas, por resolução, à lista de projetos assinada no início do ano passado pelo Ministério dos Esportes, 11 governadores e 12 prefeitos.
Edição: Rivadavia Severo