Autoridades da Colômbia investigam denúncias de que as Farc usam moradores como escudos humanos

24/05/2011 - 8h19

Da Agência Lusa

 


Brasília – Autoridades colombianas investigam as denúncias de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) usam cerca de 200 pessoas, que moram em uma aldeia no Noroeste do país, como escudos humanos. Anteontem (22) os guerrilheiros mataram quatro moradores da área. Há, ainda, suspeitas de que mais 3 mil locais também estejam sob ameaças dos guerrilheiros.

Os moradores que vivem sob as ameaças das Farc tentam refúgio nas florestas e proteção da Igreja Católica e de organizações não governamentais (ONGs). A crise humanitária surgiu no último domingo (22), quando os guerrilheiros mataram três civis e um policial, além de ferir dois moradores e um militar durante três ataques consecutivos.

Nos relatórios dos militares, que supervisionam as áreas a Noroeste da Colômbia, há informações de que os ataques ocorreram nos arredores da aldeia de Beté e de Médio Atrato - a principal via aquática de Chocó, uma região na fronteira com o Panamá.

Representantes de ONGs exigiram medidas urgentes devido ao agravamento da situação na região da aldeia de Médio Atrato em decorrência de denúncias de que 200 civis são mantidos sob a guarda de guerrilheiros das Farc.