Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O PPS anunciou hoje (16) que vai ingressar amanhã (17) com representação na Procuradoria-Geral da República pedindo abertura de inquérito para investigar o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, por suposto enriquecimento ilícito.
Segundo reportagem publicada ontem (15) pela Folha de S.Paulo, o patrimônio de Palocci se multiplicou 20 vezes em quatro anos. O partido também vai pedir que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República investigue o caso.
De acordo com o jornal, Palocci comprou um apartamento por R$ 6,6 milhões e um escritório por R$ 882 mil em São Paulo. Segundo a Folha de S.Paulo, os imóveis foram adquiridos por sua empresa, a Projeto Administração de Imóveis.
Ainda de acordo com a Folha de S.Paulo, Palocci esclareceu que a Projeto foi criada como "uma empresa de consultoria financeira e econômica" e "encerrou as suas atividades de consultoria em dezembro de 2010 - fato registrado na Junta Comercial de São Paulo".
Por meio de nota, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, disse que Palocci precisa explicar de onde veio o dinheiro. “Se, como diz o ministro, o aumento de seu patrimônio é legal, ele poderia revelar para quem sua consultoria prestou serviços e quanto recebeu de cada cliente ao longo dos últimos quatro anos. Isso acabaria com qualquer dúvida sobre o caso.”
O Democratas também quer explicações de Palocci e deve apresentar amanhã requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle pedindo a convocação do ministro. "Não queremos fazer qualquer pré-julgamento, mas Palocci deve explicações. O ministro precisa justificar sua evolução patrimonial”, diz a nota do partido.
Edição: João Carlos Rodrigues