Agência Lusa
Brasília - Pelo menos 20 mil pessoas saíram às ruas ontem (8), na Cidade do México, para protestar contra a violência. A manifestação foi liderada pelo poeta mexicano Javier Sicilia cujo filho foi morto por suspeitos de tráfico de droga. O protesto, organizado no dia 5, ocupou a praça denominada Zocalo, no centro da capital mexicana.
Com camisetas nas quais se lia "Chega de Sangue" com a foto do filho do poeta, manifestantes levaram cartazes e faixas. A marcha silenciosa começou em Cuernavaca, no estado de Morelos, no último dia 5 e percorreu 80 quilômetros até a Cidade do México.
Há suspeitas que traficantes de droga mataram mais de 34,6 mil pessoas em todo o México, desde que o presidente mexicano, Felipe Calderon, declarou guerra aos cartéis, em 2006. Pelo menos quatro homens morreram ontem e vários ficaram feridos devido a uma rixa na prisão de alta segurança na cidade de Chihuahua, no México, informaram fontes da polícia local.
Segundo as autoridades mexicanas, os presos lutaram com armas brancas feitas por eles próprios. A maioria dos detentos cumpre penas relacionadas com o crime organizado. As prisões de Chihuahua costumam ser alvo de rixas devido ao tráfico de droga.
Em Monterey, no Norte do México, quatro homens armados morreram ontem devido a uma troca de tiros com agentes da polícia no município de Guadalupe. De acordo com autoridades, a área metropolitana de Monterey tem sido alvo, desde março de 2010, de uma luta entre traficantes de droga e forças policiais, que já causou mais de 1,1 mil mortos, entre eles 80 agentes da polícia.