Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ratificarão amanhã (10) uma série de ações comuns nos campos político e econômico, confirmou hoje (9) o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. Segundo ele, Dilma já assegurou que irá em julho a Caracas para participar das discussões sobre a Cúpula da América Latina e do Caribe (Calc), que trata de ações integradas na região.
Porém, Garcia lembrou que como há várias parcerias em curso entre o Brasil e a Venezuela, Chávez e Dilma deverão definir a ampliação de acordos nos setores energético e de habitação e na construção de estradas. Só em 2010, o comércio entre os dois países movimentou US$ 4,6 bilhões.
Marco Aurélio Garcia disse que a visita de Chávez amanhã faz parte de uma rotina de reuniões, organizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fixa encontros a cada três ou quatro meses entre os chefes de governo da Venezuela e do Brasil. O presidente venezuelano tem programadas ainda visitas a Havana, em Cuba, e Quito, no Equador.
Um dos propósitos da visita de Chávez a Brasília é reafirmar que as relações da Venezuela com o Brasil serão mantidas como eram no governo Lula. Garcia afirmou também que o Brasil acompanha atentamente as articulações para o ingresso da Venezuela no Mercosul – falta apenas a aprovação do Congresso Nacional do Paraguai, que não agendou a data de votação.
Outro assunto que deverá ser tratado por Dilma e Chávez é a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No começo deste ano a Petrobras cobrou do comando da PDVSA, estatal venezuelana do petróleo, repasse de cerca de R$ 400 milhões para a conclusão das obras. Por enquanto, somente a Petrobras investiu na refinaria.
A visita de Chávez será a primeira oficial de um presidente latino-americano ao Brasil, depois que a presidenta tomou posse. Mas, em 1º de janeiro, na cerimônia de posse de Dilma Rousseff, o venezuelano participou das solenidades tanto no Palácio do Planalto quanto no Itamaraty. Entusiasmado, Chávez afirmou, na ocasião, que não escondia a alegria pela eleição de Dilma.
Edição: Nádia Franco