Vendas da indústria fluminense crescem 8,47% no trimestre, mas emprego cai em março

05/05/2011 - 15h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Embora o mês de março tenha apresentado queda de 9,3% nas vendas reais da indústria fluminense, por causa da menor quantidade de dias úteis em função do feriado de carnaval, o balanço do primeiro trimestre revela expansão das vendas de 8,47%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados constam do boletim Indicadores Industriais, divulgado hoje (5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O gerente da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, disse à Agência Brasil que o grande destaque da produção industrial do Rio de Janeiro nos três primeiros meses do ano foi o setor de veículos, cujas vendas subiram 32,28% em relação ao primeiro trimestre de 2010. “O polo automotivo do sul fluminense tem se destacado nesse sentido e tem se firmado como um dos grandes polos no Brasil em termos de produção de automóveis", disse ele.

As vendas da indústria de edição e impressão, devido ao lançamento de produtos de maior valor agregado, cresceram no período 31,23%. Outros segmentos que também contribuíram para o resultado no acumulado de janeiro a março foram equipamentos de transporte (19,02%) material elétrico (15,87%) e refino, combustível nuclear e álcool (13,57%).

O boletim da Firjan mostra, ainda, que o trimestre foi marcado por forte expansão do emprego na indústria. A alta foi de 8,25%, puxada pelo setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (63,69%). Mas em março, houve recuo de 0,51% do pessoal ocupado ante fevereiro, quebrando a trajetória de 22 meses consecutivos de crescimento do mercado de trabalho industrial. Na comparação, entretanto, com março do ano passado, o incremento observado no Rio foi de 7,36%.

A expectativa para o primeiro semestre é que, "a despeito dessa queda pontual no mês de março, nós tenhamos uma retomada do crescimento [das vendas] nos próximos meses, puxada, principalmente, pelos veículos automotores, que devem voltar a crescer, e pelo refino de combustível, uma vez que a demanda interna está bem aquecida”, disse Guilherme Mercês.

Edição: Vinicius Doria