Da Agência Lusa
Brasília – Manifestantes desafiaram hoje (29) a proibição das autoridades da Síria de promover protestos e foram às ruas, em várias cidades do país, para criticar o governo do presidente Bashar Al Assad. Uma das maiores concentrações foi em Deraa, no Sul, que se transformou em referência nacional para manifestações.
Segundo militantes dos direitos humanos, sete manifestantes foram mortos e muitos ficaram feridos por tiros disparados pelas forças de segurança na entrada de Deraa. Na cidade, quatro soldados foram mortos hoje e dois sequestrados, de acordo com a agência oficial síria, Sana.
Houve manifestações por todo país: em Damasco, Sabqa, Homs, Banias, Qamichli, Horan e Latakia. Há seis semanas, uma onda de manifestações toma conta da Síria. Na última sexta-feira (22) houve o pior dos protestos que provocou cerca de 100 mortes.
As autoridades sírias advertiram os cidadãos para que não participassem de manifestações sem autorização oficial. “As leis em vigor serão aplicadas a fim de preservar a segurança dos cidadãos e a estabilidade do país”, divulgaram as fontes oficiais do governo Assad.
Em Damasco, Horan e Latakia, as forças de segurança também dispararam contra os manifestantes, embora não haja até ao momento informação sobre vítimas. Em Deir Ez Zor, a 460 quilômetros de Damasco, as manifestações também foram reprimidas.