Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, quer incluir no debate internacional a questão dos imigrantes oriundos de países em desenvolvimento. A ideia é que o assunto seja tratado como questão de preservação dos direitos humanos coletivos e individuais. A proposta é que a comunidade mundial assuma essa responsabilidade, sem exceções.
O porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, afirmou hoje (28) à Agência Brasil que a preocupação de Patriota é que todos os países participem dos debates e tomem para si responsabilidades sobre eventuais violações de direitos humanos.
“É importante que não haja uma polarização entre Norte-Sul nem Sul-Sul”, afirmou Tovar Nunes. “Todos devem assumir suas responsabilidades no dever de melhorar a defesa dos direitos humanos como um todo. Isso vale para todos os países”, disse.
Ontem (27), na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Patriota mencionou que historicamente houve situações de violação e abuso de direitos humanos em vários países desenvolvidos. Na presença dos senadores, o chanceler afirmou ainda estar preocupado com a onda de violência na Síria – onde vive uma colônia de mais de 3 mil brasileiros.
Durante o debate, o chanceler destacou também que a busca pela igualdade e a qualidade de vida não é um esforço exclusivo dos países em desenvolvimento, mas do mundo globalizado. No Senado, Patriota lembrou que no passado “os piores abusos” foram registrados em países desenvolvidos.
A história registrou momentos de violações graves, como o Holocausto, os processos de colonização liderados por países europeus e a imposição de alguns governos. Patriota ressaltou que a questão da preservação dos direitos humanos é prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff.
O chanceler lembrou que o assunto foi tema das conversas de Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em março, quando ele esteve em Brasília, e da China, Hu Jintao, quando ela visitou o país.
Edição: Juliana Andrade