Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT) vai abrir esta noite (26) um seminário nacional para discutir os investimentos da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e o impacto dessas obras para os trabalhadores.
O presidente da CNTT, Paulo João Estausia, afirmou que, no caso dos portos brasileiros, apenas 10% dos portuários são funcionários efetivos. O contingente de 90% de terceirizados caracteriza, para ele, exploração patronal, "prejudicial à causa do trabalhador em geral".
Na área dos aeroportos, ele defende que o governo continue controlando a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A abertura de capital da Infraero, anunciada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, "significa privatização e isso atenta contra os interesses da Infraero, que pode ser considerada um patrimônio nacional".
O dirigente sindical admite, porém, alguma flexibilização temporária em relação à participação privada na área dos aeroportos, para atender às grandes competições esportovas que ocorrerão no Brasil nos próximos anos. Passados os eventos esportivos, tudo deveria voltar ao controle estatal, defendeu o sindicalista.
Edição: Vinicius Doria