Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Apesar do câmbio atrapalhar muitos exportadores, a expectativa para as vendas externas da cafeicultura brasileira é promissora. Segundo o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva, enquanto, no ano passado, as receitas com as 33 milhões de sacas embarcadas para o exterior ficaram em US$ 5,8 bilhões, em 2011, a previsão é que as receitas ultrapassem US$ 7 bilhões. O valor é recorde e corresponde a 30 milhões de sacas negociadas.
O volume menor a ser comercializado se deve ao fato da safra brasileira de café, uma cultura bianual, estar em ano de ciclo de baixa, fazendo com que a expectativa de produção fique em 43,3 milhões de sacas este ano, contra 48,1 milhões de sacas, em 2010, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Silva ressalta, no entanto, que os preços do produto mais que dobraram em menos de um ano, principalmente, devido aos baixos estoques mundiais.
“Em junho do ano passado, o valor da saca estava em R$ 250 e, agora, está em R$ 540”, afirmou Silva, candidato brasileiro para dirigir o Conselho Nacional do Café, com sede em Londres. O Brasil é responsável, atualmente, por 36% da produção mundial de café e 34% de todas as exportações mundiais.
Na próxima semana, Silva e mais de 500 produtores, torrefadores, pesquisadores, exportadores, especialistas e baristas brasileiros viajam a Houston, nos Estados Unidos, para participar da maior feira de cafés especiais do mundo, na qual o Brasil será o país tema, com o slogan "Cafés Especiais do Brasil: Um País, Muitos Sabores”.
Segundo ele, a cafeicultura nacional vive um momento especial, vendendo para todo o mundo, sendo o maior exportador e ocupando mercados de outros países que não honraram seus contratos.
Edição: Lana Cristina