Presidente da Embratur garante que obras em aeroportos serão aceleradas

15/04/2011 - 17h06

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O presidente da Embratur, Mário Moysés, assegurou hoje (15), no Rio de Janeiro, que estão sendo tomadas providencias para dar um novo ritmo às intervenções de infraestrutura nos aeroportos do país, de forma a prepará-los para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Ele disse que o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tem de ser analisado levando em conta o contexto em que foi feito. Segundo ele, o estudo “projeta para o futuro uma situação do passado”. O Ipea previu que as obras de ampliação de nove dos 12 aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014 não deverão ser concluídas até o início da competição.

Moysés destacou outro elemento importante para elevar a entrada de turistas ao Brasil. “Nós temos que diversificar os destinos. Nós temos aeroportos, como os de São Paulo, que têm uma concentração de voos muito grande. E essa concentração não facilita sob o ponto de vista do turismo”. Explicou que uma pessoa, por exemplo, vinda da Europa ou da América do Sul que pretende ir para o Nordeste, se tiver que passar por São Paulo, perde muito tempo em conexões e espera nos aeroportos. Isso significa perda de competitividade com  outros destinos internacionais onde o acesso é mais rápido e fácil.

Há a necessidade, frisou o presidente da Embratur, de ampliar o número de aeroportos que recebem voos internacionais. “Nós temos um desafio na infraestrutura aeroportuária que precisa ser enfrentado. Mas há outros elementos, como mostrar que as companhias podem atender a outros destinos no Brasil de maneira rentável”.

Afiançou que a demanda não ficará aquecida em função da Copa do Mundo ou das Olimpíadas. “A questão é a forte demanda já hoje”. Disse que a Copa e os Jogos Olímpicios apresentam uma demanda específica que, às vezes, pode ser trabalhada com uma série de providências para o momento.

Lembrou que durante as duas competições, outros componentes da demanda turística tendem a cair, como o turismo de negócios. “É evidente que nós temos que fazer investimentos em infraestrutura, mas tem elementos de operação especiais que você pode fazer que acabam atendendo à necessidade do evento”.

Edição: Vinicius Doria