Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou hoje (7) votos de repúdio e censura às declarações do secretário executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Santiago Canton, que sugeriu ao governo brasileiro que suspendesse as obras da Usina Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.
Autor dos requerimentos, o presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), classificou a manifestação da OEA como “descabida”. “Essa declaração da OEA não merece consideração de nossa parte. Mas como isso tem repercussão internacional e tem que se tomar uma decisão, o governo brasileiro tomou. Acredito que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional deve se posicionar a esse respeito.”
A comissão aprovou também voto de solidariedade ao governo brasileiro em razão da declaração da OEA. Ontem (6), ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que a manifestação da OEA desestimula os países que pretendem investir nas áreas ambiental e indígena. Segundo ele, o Brasil é exemplo para o restante do mundo nessas áreas.
Em nota, o governo brasileiro disse que recebeu “com perplexidade” a recomendação e que considera as orientações “precipitadas e injustificáveis”.
A senadora petista Gleisi Hoffmann (PR) também criticou a OEA. “É necessário e muito importante que esta Casa preste solidariedade ao governo brasileiro e, de fato, faça um voto de repúdio a essa manifestação da OEA. Não há cabimento nisso”, afirmou. O senador Blairo Maggi (PR-MT), disse que o Brasil não pode parar seu desenvolvimento por conta de críticas externas.
Edição: Talita Cavalcante