Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os momentos de pânico vividos hoje (7) pelos estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, vão sendo, aos poucos, remontados por meio de relatos deles e também de parentes que foram ao local ao saberem que um atirador havia disparado, com tiros de revólver, contra vários alunos.
Vários desses parentes passaram, durante a tarde, pelo Hospital Estadual Albert Schweitzer, para onde foram levados inicialmente 13 dos feridos. “Ele [o atirador, Wellington Menezes da Silveira] entrou na sala, vestindo um jaleco, dizendo que ia dar uma palestra e começou a atirar. Minha filha pegou o celular para pedir socorro, quando ele atirou nela. O tiro pegou na barriga”, contou a dona de casa Veronice Gomes de Lima, mãe de Renata, de 13 anos, do 8º ano.
A menina foi operada e, segundo a mãe, não corre risco de morrer. Mas o trauma vai levar um tempo para ser esquecido. “Ela não quer voltar para a escola. Não sei o que eu vou fazer”.
Maior tristeza viveu a família de Samira Pires Ribeiro, de 13 anos, também do 8º ano. “Ela levou um tiro na testa e morreu”, relatou Valéria Pires, irmã da estudante. “A minha mãe está em estado de choque.”
Dentro do hospital, os parentes estão recebendo atendimento psicológico para tentar superar a perda. “Eles estão arrasados, precisando de todo o apoio. A ficha ainda não caiu. Agora é momento de trabalhar esse luto, para tentar um reequilíbrio e uma reinserção na sociedade. Porque eles precisam caminhar e continuar suas vidas”, disse a psicóloga Helena Beatriz.
Edição: Lana Cristina