Atirador se aproveitou do fato de ter sido aluno da escola para entrar e promover massacre

07/04/2011 - 18h47

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A história que aterrorizou hoje (7) pais e alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, começou com a chegada do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, à escola, por volta das 8h.

Apesar de ficar numa região da cidade cercada por vários morros e favelas, a escola não sofre influência direta do tráfico de drogas, pois fica numa área residencial do bairro da Piraquara, em Realengo, zona oeste, onde moram pessoas de classe média baixa.

Wellington foi direto para a secretaria, onde falou com a professora de artes, por quem foi reconhecido, por ter sido aluno da escola. Ele disse que iria fazer uma palestra para os estudantes, já que o colégio está completando 40 anos e vinha chamando ex-alunos para falar sobre suas experiências durante o período escolar. Wellington estudou por quatro anos na escola.

A professora atendia uma pessoa na hora e pediu que ele aguardasse um pouco para, em seguida, falar com ele. Wellington não esperou e foi logo para o primeiro andar, onde os alunos já estavam em sala de aula.

O atirador estava munido com dois revólveres, que carregava numa mochila, e começou a atirar nos estudantes, indiscriminadamente. Os disparos foram feitos sempre na parte da cabeça e do tórax, praticamente à queima-roupa.

Em seguida, ele subiu a escada para o segundo andar, onde invadiu outra sala de aula e voltou a atirar nos estudantes. Nesse momento, um dos alunos, ferido sem gravidade, consegue escapar e aciona o sargento da Polícia Militar, Márcio Alves, lotado no Batalhão de Polícia Rodoviária da corporação, que apoiava uma operação contra o transporte irregular do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro).

A criança ferida foi levada para o hospital e o policial foi direto para a escola, onde começou a fazer uma “varredura”, já que ele tinha informações de que, no prédio, havia dois atiradores.

Na escadaria de acesso ao terceiro pavimento, o sargento Alves se deparou com Wellington, a quem deu voz de prisão. Ele disparou contra o militar e acabou ferido na perna. Em seguida, apontou a arma para sua própria cabeça e se suicidou.

De acordo com a Polícia Civil, Wellington premeditou o crime. Ele tinha seis carregadores de tambor de revólver, o que facilita municiar a arma. Usava inclusive uma luva na mão direita para dar firmeza ao empunhar o revólver.

Edição: Lana Cristina