Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Procuradoria-Geral do Município do Rio estuda uma medida jurídica para obter informações sobre as explosões em câmaras subterrâneas da Light - a concessionária de energia - na cidade, que causam o lançamento das tampas dos poços de inspeção. Depois de mais um acidente, que feriu cinco pessoas na sexta-feira (1º), a Light admitiu que novas explosões podem ocorrer a qualquer momento.

Por meio da assessoria de imprensa, a Procuradoria-Geral informou que não definiu como vai proceder, mas que pode procurar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A decisão deve ser anunciada até o fim do dia de hoje (4).

A prefeitura também pretende contratar uma  auditoria para avaliar as causas da explosão e o plano de manutenção de câmaras nos poços, implementado em 2010 pela concessionária para resolver o problema. Com o último acidente, o programa deve ser acelerado.

Na noite da última sexta-feira (1º), a explosão em uma câmara subterrânea na Avenida Nossa Senhora de Copacabana deixou cinco feridos na zona sul da cidade. Com a explosão, a tampa de ferro do poço foi arremessada a uma altura de 4 metros, abrindo uma cratera na pista.

Durante o fim de semana, em entrevista à imprensa, o presidente da Light, Jerson Kellman, pediu desculpas à população e se disse surpreso com a explosão. Atribuiu o problema ao vandalismo contra as instalações da concessionária, mas reconheceu a manutenção inadequada.

A explosão em câmaras subterrâneas no Rio tem se tornado um problema recorrente. No ano passado, um casal de turistas americanos também foi atingido. Eles foram arremessados a uma distância de 8 metros. A mulher teve 80% do corpo queimado e o homem, 35%.

Edição: Graça Adjuto//Matéria alterada para adequação de texto