Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras poderá antecipar a entrada em operação de algumas refinarias, caso a demanda por derivados de petróleo continue crescendo no país, disse hoje (4) o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. A afirmação foi feita durante visita às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, na região metropolitana do Rio.
Segundo Costa, a demanda por derivados no país cresceu acima do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. A tendência deve ser a mesma este ano. “Se houver a demanda de mercado maior, e há uma grande tendência de que isso ocorra, é possível, principalmente nas refinarias do Nordeste, e quem sabe na segunda refinaria aqui do Comperj, que haja um esforço maior da companhia, visando a essa antecipação.”
Entre as refinarias cujas operações podem ser antecipadas estão a do Maranhão, inicialmente prevista para 2014, a do Ceará, com conclusão programada para 2017, e a segunda refinaria do Comperj, cuja operação está inicialmente marcada para 2018.
O aumento da demanda por derivados no país exigiu da Petrobras a importação de 1,5 milhão de barris de gasolina, neste mês, para suprir as necessidades nacionais. Segundo Costa, caso a demanda continue em alta e o preço do etanol se mantenha elevado, a Petrobras poderá recorrer a novas importações de gasolina em maio e junho.
Durante visita ao Comperj, Costa informou que a primeira refinaria do complexo, que deve começar a funcionar no final de 2013, já está com 20% das obras concluídas. Todo o trabalho de terraplanagem do terreno do Comperj, que tem 45 quilômetros quadrados (km²) e que também abrigará uma segunda refinaria e uma unidade petroquímica, já foi concluído no início do ano. A unidade petroquímica deve começar a operar entre o final de 2016 e o início de 2017.
Edição: João Carlos Rodrigues