Da BBC Brasil
Brasília - Nos últimos dias, o Iêmen vive protestos diários contra o governo. Apenas hoje (4) pelo menos 15 pessoas morreram e 30 ficaram feridas em um confronto com forças de segurança do governo, na cidade de Taiz, no Sudoeste do país. Os seguranças atiraram nos manifestantes.
Testemunhas afirmaram que atiradores dispararam de cima de telhados. Segundo os relatos, eles também teriam disparado contra manifestantes durante um protesto na quarta maior cidade do país, Hudaida. Centenas de manifestantes ficaram feridos nessa localidade.
A onda de violência se intensifica e se espalha em diferentes cidades do país. Os manifestantes reivindicam a renúncia do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh. Ele está há 32 anos no poder e disse não ter intenção de renunciar.
Em Taiz, os manifestantes fizeram uma passeata em direção à Praça Liberdade, o ponto principal dos protestos e onde os manifestantes estão acampados. Quando eles passaram em frente ao gabinete do governador, os soldados bloquearam o avanço da multidão e os confrontos começaram.
Ativistas descreveram cenas caóticas, em que militares e policiais retiraram os corpos de manifestantes mortos. Os tanques e veículos blindados bloquearam as entradas da cidade e cercaram a Praça Liberdade, impedindo a saída dos que tentavam deixar o local.
Em Hudaida, a polícia abriu fogo e lançou bombas de gás lacrimogêneo, deixando dezenas de feridos, segundo informações de médicos e testemunhas.