Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A expectativa com relação ao governo Dilma Rousseff aumentou. Segundo pesquisa do Ibope, encomendada pela pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada hoje (1º), 68% dos entrevistados tem expectativa ótima ou boa para o atual governo. Em dezembro do ano passado, o percentual era de 62%.
Entre os que têm uma expectativa regular, o número permanece o mesmo de três meses atrás: 19%. Já os que têm a expectativa de um governo ruim ou péssimo diminuiu. Em dezembro, era de 9%. Hoje, é de 5%.
Entretanto, na análise por assuntos, o governo de Dilma Rousseff foi reprovado em três áreas. Em segurança pública, 49% dos entrevistados não aprovam as ações, contra 44% que se disseram favoráveis. Na Saúde, 53% não concordam com as iniciativas da gestão de Dilma, mas 41% sim. A atuação do governo com relação aos impostos foi desaprovada por 53% dos entrevistados, contra 36% que aprovam.
A política de juros aparece na pesquisa com o mesmo percentual de aprovação e de desaprovação: 43%. As políticas de Educação têm o apoio de 52% dos entrevistados, e o combate à inflação, 48%. No combate ao desemprego, 58% aprovam a política do novo governo, enquanto que nas ações de combate à fome e à pobreza o índice ficou em 61%. Em relação às políticas sobre meio ambiente, 54% aprovam as medidas do atual governo.
A pesquisa também mostra a preocupação dos entrevistados em relação à inflação. Para 40% deles, o assunto deve ser prioritário sobre outras políticas do governo. E, para a maioria (44%), o assunto deve receber o mesmo tratamento das demais.
O gerente executivo da CNI, Renato da Fonseca, explicou que o efeito da inflação ainda não está distribuído na população, por isso, a maioria entende que a inflação não deve ser tratada de maneira diferenciada. “Outra coisa é que o governo vem anunciando medidas de combate à inflação”, disse.
Entre os assuntos mais lembrados pelas pessoas nesses três meses de governo Dilma Rousseff está a discussão sobre o novo valor do salário mínimo. Dos mais de dois mil entrevistados, 22% consideraram o assunto o mais memorável neste início de gestão.
A visita do presidente norte-americano, Barack Obama, aparece em segundo lugar, com 11%. Em terceiro, com 8%, o aumento da inflação e do preço dos alimentos. Assuntos como investimentos em educação, saúde e segurança aparecem no final da lista, com a lembrança de 1% dos entrevistados.
Edição: Talita Cavalcante