Índice que reajusta aluguel diminui e fica em 0,62% em março

30/03/2011 - 11h15

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajuste em contratos de aluguel, variou 0,62% em março. Em fevereiro, a variação foi de 1%. De acordo com dados divulgados hoje (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), dois dos componentes do índice variaram com menos intensidade e um apresentou alta. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de 1,20% em fevereiro para 0,65%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,62%, em março, ante os 0,67% do mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,44%, ficando acima do resultado de fevereiro, de 0,39%.

No IPA, que representa 60% do IGP-M, o índice relativo aos bens finais variou 0,77% em março, enquanto em fevereiro variou 0,17%, com influência do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 1,66% para 7,37%. O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,57%, sendo que, em fevereiro, a taxa foi de 0,76%. O principal responsável pela queda foi o grupo materiais e componentes para a manufatura que passou de 0,76% para 0,56%.

Ainda no IPA, o índice das matérias-primas brutas variou 0,61%, em março, com queda em relação a fevereiro quando houve variação de 2,97%. Os principais responsáveis pela desaceleração do grupo foram os itens: soja em grão (-0,72% para -6,20%), milho em grão (9,84% para 1,46%) e minério de ferro (3,80% para -0,05%). Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como: café em grão (8,44% para 11,58%), bovinos (0,21% para 1,10%) e arroz em casca (-7,53% para -3,98%).

Dos sete grupos que compões o IPC, quatro registraram decréscimos em suas taxas de variação. O destaque ficou para educação, leitura e recreação (1,63% para 0,18%), com as principais influências partindo dos itens cursos formais (1,93% para 0%) e passagem aérea (1,36% para -9,28%).

Os grupos que também tiveram recuos foram despesas diversas (1,57% para 0,49%), transportes (1,82% para 1,15%) e habitação (0,51% para 0,47%). Aqueles que apresentaram elevação foram os grupos vestuário (-0,55% para 0,78%), alimentação (0,24% para 0,69%) e saúde e cuidados pessoais (0,33% para 0,62%).

O INCC teve o aumento causado por dois dos três grupos que compõem o índice: materiais e equipamentos (0,54% para 0,64%), e mão de obra (0,12% para 0,27%). A taxa do grupo serviços recuou de 1,04%, no mês anterior, para 0,46% em março.

 

Edição: Lílian Beraldo