Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Defensoria Pública da União começará a fazer, na próxima semana, vistorias nos prédios históricos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), juntamente com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ). O objetivo é verificar a condição dos prédios e avaliar os riscos de incêndio nesses edifícios.
Na última segunda-feira (28), um grande incêndio atingiu a capela do Palácio Universitário, no campus Praia Vermelha, que estava sendo restaurada. A UFRJ acredita que o fogo tenha se originado de um maçarico usado na reforma.
“A nossa ideia é fiscalizar esses prédios, com auxílio do Crea, para ver qual é a situação deles, se a prevenção a incêndios está boa, se os hidrantes estão funcionando, para evitar que [o que aconteceu na Praia Vermelha] se repita nos demais prédios históricos”, disse o defensor público André Ordacgy.
Ordacgy afirmou que deve encaminhar ainda hoje (30) um ofício à UFRJ cobrando explicações sobre o incêndio e sobre as medidas tomadas pela universidade para garantir a integridade de seus edifícios históricos.
Além do situado no campus da Praia Vermelha, a UFRJ tem mais prédios antigos como os edifícios do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), da Faculdade de Direito e do Hospital Escola São Francisco de Assis. Este último, em péssimo estado de conservação, deve passar por uma reforma.
Segundo Ordacgy, dependendo das respostas da UFRJ e do resultado da vistoria, a Defensoria Pública da União poderá entrar com uma ação civil pública na Justiça contra a universidade.
A Divisão de Patrimônio da UFRJ informou que vai colaborar com a Defensoria Pública. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, a perícia do incêndio no Palácio Universitário foi feita ontem (29) pela Polícia Federal. As aulas das quatro faculdades que funcionam no local só devem recomeçar na segunda-feira (4).
Edição: Lílian Beraldo