Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A desaceleração das receitas e das despesas fez o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) obter superávit primário em fevereiro pela primeira vez desde 2008. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o esforço fiscal somou R$ 2,568 bilhões no mês passado.
Nos dois primeiros meses de 2011, o superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) soma R$ 16,843 bilhões, que representam R$ 4,155 bilhões a mais que o apurado no mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro, o governo cumpriu 71% da meta de superávit primário de R$ 22,9 bilhões estipulada para o primeiro quadrimestre do ano.
Tanto receitas como despesas caíram em fevereiro. Sem o mesmo volume de recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) observado em janeiro, a receita bruta caiu R$ 24,7 bilhões no mês passado. Em relação às despesas, as maiores quedas ocorreram nos gastos com investimentos, R$ 9,3 bilhões no mês passado, e com pessoal, R$ 2,2 bilhões.
No acumulado do ano, no entanto, tanto as receitas como os gastos apresentaram crescimento. A receita líquida aumentou 17,7% contra alta de 15,7% nas despesas. Os gastos com custeio (manutenção da máquina pública) cresceram 30,6% e os investimentos subiram 25,2%, fechando o primeiro bimestre em R$ 6,814 bilhões.
Na comparação com janeiro, no entanto, houve desaceleração. No primeiro mês do ano, a receita líquida tinha crescido 19,1% e as despesas apresentavam aumento de 24% em relação a janeiro do ano passado. Os gastos com custeio tinham subido 35,3% e os investimentos, 85,3%.
Em relação às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os pagamentos acumulados em 2011 somam R$ 3,468 bilhões, alta de 52% em relação ao mesmo período de 2010. Também houve desaceleração em relação a janeiro, quando o crescimento foi de 176%.
Edição: Vinicius Doria