Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nos 79 postos pesquisados do Distrito Federal, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de preço da gasolina passou de R$ 2,78 para R$ 2,93 nas últimas quatro semanas. O álcool subiu de R$ 2,24 para R$ 2,45, no mesmo período. O aumento dos dois combustíveis foi 5,3% e 9,3%, respectivamente.
A pesquisa foi feita entre os dias 27 de fevereiro e 6 de março e incluiu tanto os postos do Plano Piloto, que é a zona central de Brasília, como de cidades satélites, entre elas Taguatinga, Samambaia e Guará.
Os motoristas do Distrito Federal reclamam dos aumentos e consideram os preços mais altos que os de outras cidades do país. O advogado André Luiz reclama que não existe alternativa para o uso do automóvel, já que, segundo ele, o transporte coletivo em Brasília não é satisfatório.
"O preço do combustível está chegando a um patamar absurdo, estamos chegando ao ponto que, daqui a alguns dias, a gente vai ter que parar de andar de automóvel. Uma alternativa não existe, uma vez que o transporte coletivo em Brasília é impossível, então vamos ter que suportar isso, de uma forma que onera tudo".
Para o motorista Wagner Martins, os preços dos combustíveis em Brasília são maiores que em outros estados. “Aqui em Brasília, a lógica seria as coisas serem mais baratas, mas, ao invés disso, acabamos pagando mais caro em relação ao restante do país".
O estudante Rodolfo Costa também diz que a capital federal tem os maiores preços e, para ele, isso é falta de mobilização da população. “A culpa também é nossa, pois nunca reivindicamos, não lutamos e não vamos atrás dos nossos direitos”.
Edição: Lana Cristina