Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje (21) que vai patrocinar a Confederação Brasileira de Canoagem, com base na Lei de Incentivo ao Esporte. O objetivo é incentivar a prática da canoagem no país e melhorar a preparação dos atletas paras as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Essa é a primeira vez em que o BNDES patrocina uma modalidade esportiva, o que já é feito por instituições como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a previsão é que sejam investidos na canoagem cerca de R$ 10 milhões apenas neste ano. “Resolvemos apoiar um esporte que estava um pouquinho órfão, uma vez que a maior parte dos esportes olímpicos já tem patrocínios”, disse.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva, a decisão do BNDES de começar a investir nas modalidades esportivas é importante para desenvolver a canoagem no país tanto para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 quanto para as próximas gerações.
“Nós observamos 2016 como um ponto de partida para um novo modelo de estruturação e desenvolvimento do esporte no país. Mais importante do que chegar até 2016 bem é, a partir de lá, termos um desenvolvimento sustentado do esporte. Esse aporte do BNDES vai ter um impacto muito positivo para a canoagem no Brasil”, disse o ministro.
Segundo o presidente da confederação, João Tomasini, o dinheiro será usado, principalmente, para divulgar o esporte em todos os estados brasileiros e para manter os novos centros de treinamento das cidades de São Bernardo do Campo (SP), Caxias do Sul (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Rio de Janeiro.
No Brasil, cerca de 30 mil pessoas praticam a canoagem, das quais 1.700 são filiadas à confederação. Há 12 submodalidades do esporte, entre elas a paracanoagem, voltada para portadores de necessidades especiais. O país, no entanto, nunca conseguiu resultados expressivos com a canoagem em Jogos Olímpicos.
Além de apoiar esse modalidade, o BNDES analisa a possibilidade de financiar parte dos custos com a construção de arenas esportivas e obras de infraestrutura para as Olimpíadas de 2016, a exemplo do que está fazendo com a Copa do Mundo de 2014. Segundo Luciano Coutinho, estimativas preliminares indicam que os Jogos custarão entre R$ 12 bilhões e R$ 13 bilhões.
Edição: Juliana Andrade