Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a falar sobre a criação do Partido Social Democrático (PSD), que foi lançado oficialmente no início da tarde de hoje (21) pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Alckmin disse que a criação da nova legenda faz parte do “processo democrático” e que não trará problemas para a administração estadual.
“Eu não vejo nenhum problema nessa mudança. As pessoas têm o direito de criar partidos, defender aquilo em que acreditam. Acho que é do processo democrático”, disse.
Para o governador, ainda é cedo para analisar o impacto que o novo partido provocará nacionalmente. Segundo Alckmin, o número de parlamentares e de governos eleitos é que definirão a força da nova sigla. “O Brasil já tem mais de 30 partidos políticos. Isso terá expressão se for um grande partido. É difícil, neste momento, você avaliar o impacto sobre o ponto de vista nacional. [O PSD] Terá influência, mas o tamanho dessa influência depende muito da sua força, da sua presença parlamentar, de governos”, disse.
Alckmin considerou ainda que a aliança que o PSDB tem com o DEM não será prejudicada com criação da nova sigla. O vice-governador do estado, Afif Domingos, que já formalizou a saída dele do DEM e manifestou hoje a intenção de migrar para o novo partido.
“Eu não sei ainda quantos deputados deverão ficar no DEM, mas acho que ele elegeu oito deputados estaduais. Talvez fiquem sete deputados. É um partido importante, tem a quarta maior bancada na Assembleia Legislativa [de São Paulo]. Vamos continuar juntos, trabalhando em benefício da população”.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, oficializou hoje a saída dele do DEM e a criação do Partido Social Democrático (PSD). Na cerimônia, na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputados federais, estaduais e prefeitos assinaram documento manifestando apoio e intenção de migrar para o novo partido. Entre eles estão, além do vice-governador, o ex-governador Cláudio Lembo, o prefeito de Itu, Herculano Passos, os deputados federais Joji Hato, Guilherme Campos, Walter Ihoshi, Zulaiê Cobra, Eleuses Paiva e Marcelo Aguiar e a deputada estadual Rita Passos.
Edição: Vinicius Doria